segunda-feira, 10 de novembro de 2008

REFLEXÕES RADICAIS(?) SOBRE O PODER DA MÍDIA...

O poder da mídia para imbecilizar o cidadão é inquestionável. É notória sua capacidade para levar populações inteiras do ridículo ao absurdo sem que elas sequer percebam isso. A publicidade manipula e seduz, transformando o indivíduo em consumidor passivo de tudo aquilo que de maneira atraente e dissimulada lhe é imposto. Consumir virou sinônimo de status e de felicidade. Desse modo, a sociedade é dividida e classificada em dois blocos: os incluídos e os excluídos, ou seja, os que têm poder econômico para consumir e os que não têm.
A mídia, de modo geral, deixou há muito de representar um instrumento imparcial de divulgação de informações e fatos.
Passou a ser uma poderosa formadora de opiniões, agindo exclusivamente segundo aquilo que possa trazer aos seus donos maiores retornos financeiros. O marketing empresarial, através da mídia, conseguiu a perfeição na arte de incutir na mente das pessoas necessidades que elas não têm. Para isso conta com outra poderosa aliada: a psicologia empresarial. O profissional do marketing doura a pílula, e o psicólogo encontra as brechas na psique coletiva para induzir a massa a devorá-la. Era de se esperar que não fosse assim.
Era de se esperar que aqueles que estudam e adquirem conhecimentos fossem diferentes. Mas o aporte de conhecimentos não muda comportamentos. As escolas que formam os profissionais da propaganda não fornecem aos seus alunos os necessários conceitos éticos de honestidade e integridade moral. Limitam-se a fazer com que eles se atenham exclusivamente à função de gerar lucros. Salvo exceções, os profissionais da comunicação de massa, tanto quanto os psicólogos que atuam no ramo, não têm consciência nem visão analítica para concluir que os atuais mecanismos de mercado estão conduzindo a economia mundial para crises permanentes e incontroláveis. O sistema já apresenta sinais claros de esgotamento. Mas o óbvio, por dispensar demonstrações, é difícil de ser percebido.

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